Alongamentos e Seus Efeitos
Postada 08/03/2018 as 00:20:18h por Tatianny Souza
Os alongamentos musculares estão entre os exercícios mais comuns na reabilitação e nas práticas esportivas. É um recurso terapêutico utilizado com o objetivo de aumentar a mobilidade de tecidos moles e articular, aumentar a amplitude de movimento e reduzir os encurtamentos.
O Taekwondo trata-se de uma prática esportiva completa, pois exercita a maioria dos músculos e articulações do corpo, por isso acaba tendo um alto nível de lesões entre os atletas. Dentre as lesões mais recorrentes está a distensão muscular, ligada ao alongamento excessivo ou alongamento junto com a ativação muscular. Geralmente ocorre durante potentes contrações musculares excêntricas (o músculo alonga-se durante a contração), utilizadas para controlar ou desacelerar os movimentos de alta velocidade.
Os efeitos do alongamento podem ser divididos em agudos/imediatos e crônicos/duradouros. Os agudos são resultado da flexibilização do componente elástico dos músculos e dos tendões. Já os efeitos crônicos resultam em remodelamento e adaptação dos músculos que leva a um aumento do comprimento muscular. Estes efeitos podem permanecer por determinado período após a interrupção dos exercícios. Ao desejar aumentos de comprimento mais duradouro, o alongamento precisa ser mantido por um tempo mais prolongado.
Evidências encontradas na literatura sugerem que a realização de alongamento antes dos exercícios não previne lesões agudas. Já a prática de alongamento no final do esforço físico tem como objetivo evitar o encurtamento muscular e constantes contrações musculares decorrentes do treinamento. O encurtamento do sistema muscular gera maior gasto de energia, instabilidade na postura, compressão das fibras nervosas, aumento de cãibras e dores, além de redução das habilidades esportivas.
No treinamento da flexibilidade deve haver cuidado com as diferenças entre cada pessoa, como: idade, nível de treinamento, força muscular e combinar as medidas de treinamento passiva, ativa e mista, pois após a lesão ter ocorrido, o músculo encontra-se mais fraco e tem maior risco de ter novas lesões.
Um estudo realizado durantes seis semanas, em humanos, aponta que o tempo de 30 segundos é suficiente e eficaz para obtenção do ganho de amplitude de movimento, em adultos jovens. O tempo de 60 segundos apresentam a mesma eficácia dos 30s, porém 15s não teve o resultado equivalente aos demais, sendo assim considerado um período curto para o ganho da amplitude de movimento.
Referências
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